O aparecimento da tipografia
É a Gutemberg a quem se atribui a criação dos tipos móveis de metal no ano de 1440, embora alguns teóricos defendam que esta área foi fértil em bons mestres e que Gutemberg apenas se limitou a copiar as idéias de anos de trabalho. Os caracteres inicialmente eram gravados em madeira e depois fundidos em série, o que permitiu o aparecimento da indústria gráfica.
Pela primeira vez fabrica-se em série livros, estampas, cartas de jogar e posteriormente, literatura de cordel, gazetas e jornais. Para as imagens, até finais do séc XIX foi a xilogravura que ilustrou os textos tipográficos, tendo como concorrentes de sucesso a impressão em metal e a litografia.
Revolução Industrial e o século XIX
Com a revolução industrial, toda a indústria gráfica se inova e aperfeiçoa. Há uma grande evolução nas máquinas e processos de fabrico. À "Revolução Industrial" está também inerente um aumento de população, não só pela grande afluência de pessoas para a cidade procurando uma oportunidade de trabalho nas primeiras fábricas, mas também originada pelo desenvolvimento de diversas áreas, nomeadamente a medicina. Surge então a necessidade de informar grande número de pessoas sobre as suas tarefas. Esta necessidade foi acompanhada pelo crescimento da leitura e o gosto pelas artes visuais, que faziam parte, cada vez mais, do dia a dia, do entretenimento e da educação de massas.
Os artesãos tiveram consciência que não podiam competir com a produção de massas e que e que os anúncios precisavam de "arte". Então, as suas tarefas tinham-se tornado obsoletas. A impressão artesanal é substituída pela indústria mecanizada que permitiu, pela primeira vez, uma produção mais rápida e em quantidade. O novo estatuto de pessoas habilidosas com conhecimentos técnicos das máquinas de impressão encorajavam o novo fôlego de artistas, outros talentos ávidos a tentar diferentes formas de fazer imagem enquanto comunicavam com uma grande audiência. Os novos estilos artísticos vindos da Europa e da América e os avanços tecnológicos de impressão oferecem matéria acessível a um grande público ávido para explorar o desconhecido mundo, agora revelado através da imprensa. Em 1885 a máquina tipográfica lynotipe vem substituir a monotipe, permitindo a utilização de tipos diferentes. As fundições de tipos encorajavam e apoiaram o desenvolvimento e o desenho da tipografia. No entanto e apesar deste grande avanço na indústria tipográfica, não se destacam fontes inovadoras.
É a William Morris que se deve o renascer da beleza e o gosto pela tipografia e pela impressão como arte (decorativa), influenciando muitos jovens da altura a fundarem imprensas particulares. Séc. XX Grandes avanços tecnológicos vão revolucionar o mundo das artes gráficas: criação da prensa litográfica offset (1903), origem da rotogravura e processos fotomecânicos; segunda metade do século: fotocomposição, Informática e robótica (automatização de muitas tarefas).
Os avanços técnicos permitem um período muito criativo na tipografia, e um terreno muito fértil para experiências e desenvolvimento dos tipos. Começam a surgir as imprensas privadas que revelam o entusiasmo por esta arte. Florescem estilos personalizados e únicos na produção do layout da página. Estas diferenças tornam-se líderes na edição e no design gráfico. As revistas existentes sofreram profundas transformações. A nova tipografia era criada com o sentido de dar uma aparência original e personalizada à revista. As ilustrações de artistas davam vida às páginas. As cores eram cuidadosamente usadas e bem selecionadas valorizando estas revistas geridas por grandes talentos.
Assim começou uma nova tendência na criação de layouts por designers.
Surgem na Europa revistas sofisticadas de Arte: Art Novaux - França, Jugend - Alemanha, 1905... As conquistas subseqüentes, nas artes e nas ciências jamais poderão ser diminuídas, todavia é provável que não tivessem o mesmo impacto e desdobramentos não fosse a tipografia.
Fonte: Este texto foi extraído e adaptado da Internet, autor desconhecido. | 
